CNI propõe mudanças estratégicas no Comitê Gestor do IBS - Fiscoplan
Reforma Tributária

CNI propõe mudanças estratégicas no Comitê Gestor do IBS

  • Autor da postagem

    Leonor Goliatti

  • Data da publicação

    13/05/2025

  • Tempo de leitura

    4 minutos

CNI propõe mudanças estratégicas no Comitê Gestor do IBS

Em mais um capítulo decisivo da reforma tributária brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta uma nota técnica contundente. O CNI propõe 19 alterações estratégicas ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024 — o texto que regulamenta o Comitê Gestor do IBS, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A movimentação da indústria antecipa o que pode ser a fase mais sensível da implementação do novo modelo tributário: sua operacionalização.

A proposta, que ainda será analisada no Senado, onde o relator Eduardo Braga (MDB-AM) prevê conclusão até junho, gira em torno de três eixos centrais: desburocratização, segurança jurídica e eficiência.

O que está em jogo no Comitê Gestor do IBS?

Ele será o órgão responsável por distribuir a arrecadação do novo imposto entre estados e municípios e coordenar o processo administrativo tributário deste. A Emenda Constitucional nº 132/2023 concedeu a ele papel central na engrenagem do novo sistema tributário nacional. 

Sendo assim, a proposta da CNI, portanto, não visa bloquear avanços, mas ajustar mecanismos para que esse sistema seja funcional, previsível e amigável ao ambiente de negócios.

Pontos-chave das mudanças sugeridas pela indústria

A indústria quer reduzir de 12 meses para 90 dias o prazo de homologação dos saldos credores de ICMS e tornar obrigatória a antecipação do ressarcimento em caso de aumento da arrecadação. Além disso, propõe tornar obrigatória a antecipação do ressarcimento em caso de aumento da arrecadação. Ademais, sugere a possibilidade de conversão desses saldos em títulos da dívida pública estadual, com o propósito de criar liquidez para os contribuintes.

2. Ajustes no cálculo de referência do IBS:

Há a sugestão de alterar o período de apuração da média de receita de ICMS e ISS dos entes federativos de 2019-2026 para 2019-2024. Por consequência, mudando o potencial impacto nos repasses aos estados e municípios.

3. Criação de novos órgãos de governança tributária:

A proposta inclui a criação de um Comitê Executivo com atribuições operacionais e de coordenação — a fim de aliviar o Conselho Superior de funções cotidianas. Outrossim, sugere-se a criação de uma Câmara de Resolução de Conflitos, com o intuito de mediar disputas com maior agilidade.

4. Participação mais justa no Comitê de Harmonização:

Sob o mesmo ponto de vista, a CNI defende a paridade entre representantes do Fisco e dos contribuintes na uniformização da jurisprudência do IBS e da CBS — posto que esse equilíbrio representa um passo importante para construir um sistema equitativo.

5. Programa de Conformidade Tributária Nacional (PCTN):

Por fim, inspirado em modelos internacionais, o PCTN propõe uma nova abordagem baseada em orientação, transparência e autorregularização. Indo em contramão a lógica tradicional punitivista da fiscalização.

Mais que mudanças operacionais: um novo paradigma

Com o novo sistema tributário batendo à porta, empresários, contadores e gestores fiscais devem, portanto, estar atentos às regras que definirão o futuro da apuração e compensação de tributos no Brasil. As propostas da CNI, se acolhidas, podem representar, assim, um ganho real de tempo, caixa e previsibilidade — três ativos preciosos para qualquer operação empresarial.

Nesse sentido, a Fiscoplan acompanha cada movimento da reforma tributária com atenção estratégica.
Ademais, nossos especialistas estão prontos para orientar empresas na transição ao IBS e à CBS, oferecendo segurança e inteligência fiscal para transformar desafios em oportunidades.

Por que isso importa para sua empresa?

Com o novo sistema tributário batendo à porta, empresários, contadores e gestores fiscais devem estar atentos às regras que definirão o futuro da apuração e compensação de tributos no Brasil. As propostas da CNI, se acolhidas, podem representar um ganho real de tempo, caixa e previsibilidade — três ativos preciosos para qualquer operação empresarial.

A Fiscoplan acompanha cada movimento da reforma tributária com atenção estratégica. Nossos especialistas estão prontos para orientar empresas na transição ao IBS e à CBS, oferecendo segurança e inteligência fiscal para transformar desafios em oportunidades.

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FONTE: https://www.reformatributaria.com/exclusivo-industria-estuda-19-mudancas-no-projeto-de-lei-do-comite-gestor-do-ibs/

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